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Donald Trump afirma que os dias de Maduro estão contados e não descarta invasão terrestre à Venezuela



Declaração do presidente norte-americano intensifica tensões na América Latina e reacende debate sobre intervenção militar.


Roberto Schmidt/Getty Images
Roberto Schmidt/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta semana que os “dias de Nicolás Maduro estão contados” no comando da Venezuela. A afirmação foi feita em entrevista ao site Politico e repercutiu imediatamente no cenário internacional, ao levantar a possibilidade de uma intervenção militar direta no país vizinho.


Trump, que já vinha endurecendo sua retórica contra o governo venezuelano, reforçou que não descarta uma invasão terrestre. Segundo o republicano, o objetivo seria combater o tráfico de drogas que, segundo ele, tem origem em parte significativa na Venezuela e chega em larga escala aos Estados Unidos. O presidente destacou que o Pentágono já realizou mais de 20 operações contra embarcações suspeitas de envolvimento com o narcotráfico no mar do Caribe, mas sugeriu que ações em solo podem ser inevitáveis.


Durante a entrevista, Trump evitou detalhar planos militares, mas deixou claro que considera Maduro um obstáculo para a estabilidade regional. “Os dias dele estão contados”, afirmou, sem especificar prazos ou estratégias. O presidente também acusou o governo venezuelano de enviar imigrantes em massa para os Estados Unidos, incluindo criminosos e pessoas com problemas psiquiátricos, uma alegação que não foi acompanhada de provas.


A declaração reacendeu o debate sobre os limites da política externa norte-americana e a possibilidade de uma escalada militar na América Latina. Especialistas apontam que uma invasão terrestre à Venezuela teria consequências imprevisíveis, tanto para a região quanto para a política interna dos Estados Unidos. O governo Maduro, por sua vez, ainda não respondeu oficialmente às declarações, mas aliados do presidente venezuelano classificaram a fala de Trump como uma ameaça direta à soberania nacional.


Além da Venezuela, Trump também mencionou que poderia considerar ações contra interesses no México e na Colômbia, países que, segundo ele, têm papel relevante no fluxo de drogas para os EUA. A postura amplia a percepção de que sua administração pretende adotar medidas mais agressivas contra o narcotráfico internacional, mesmo que isso implique em confrontos diplomáticos e militares.


A comunidade venezuelana nos Estados Unidos, que Trump afirma apoiar em sua maioria, foi citada como parte da motivação para sua política. O presidente disse querer que “o povo venezuelano seja bem tratado” e que muitos deles demonstraram apoio ao seu projeto político. Ainda assim, a possibilidade de uma intervenção militar divide opiniões entre analistas e líderes políticos, que alertam para os riscos de instabilidade e violência em larga escala.


Com a declaração, Trump coloca novamente a Venezuela no centro da agenda internacional e aumenta a pressão sobre Maduro, que governa o país desde 2013. O futuro das relações entre Washington e Caracas permanece incerto, mas os argumentos do presidente norte-americano indicam que os próximos meses podem ser marcados por novas tensões e possíveis movimentações militares na região.

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