Donald Trump anuncia possível ação terrestre contra Venezuela após apreensão de petroleiro

Presidente americano intensifica discurso contra Caracas e afirma que operações em solo podem ocorrer “muito em breve”

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (11) que o governo americano pretende iniciar ações terrestres contra a Venezuela, em meio ao aumento da pressão militar sobre o regime de Nicolás Maduro. A afirmação foi feita durante um evento no Salão Oval da Casa Branca, quando Trump foi questionado por repórteres sobre a apreensão de um navio petroleiro venezuelano próximo à costa caribenha.

Segundo o líder americano, a operação que interceptou o petroleiro faz parte de uma estratégia mais ampla de combate ao narcotráfico na região. Trump afirmou que desde o início da ofensiva naval, os Estados Unidos reduziram em 92% a entrada de drogas pelo mar, resultado de ações que incluem o abate de embarcações no Caribe e no Pacífico. “E nós vamos começar a agir por terra também. Vai começar por terra muito em breve”, declarou o presidente, sem detalhar onde ou como tais operações seriam conduzidas.

A apreensão do navio, realizada na quarta-feira (10), foi considerada um movimento inédito e de grande impacto, já que a embarcação transportava petróleo — principal ativo da economia venezuelana. Imagens divulgadas mostram militares americanos entrando na embarcação, que, segundo Washington, pertencia a uma companhia sancionada por suspeita de integrar redes ilegais de comércio de petróleo. O episódio levantou questionamentos sobre se a ação poderia ser interpretada como um ato de guerra contra Caracas.

Trump também acusou o governo venezuelano de enviar criminosos intencionalmente aos Estados Unidos como imigrantes, reforçando o tom de confronto em suas declarações. “Eles nos trataram de forma ruim, e agora nós não estamos tratando eles tão bem”, disse o presidente, ao justificar a intensificação das medidas contra o país vizinho.

A possibilidade de ações terrestres amplia a tensão já existente entre Washington e Caracas. Desde o início da mobilização militar americana no Caribe, Trump não descartou a hipótese de uma invasão ao território venezuelano. Analistas apontam que a apreensão do petroleiro representa uma das medidas mais drásticas até agora na campanha de pressão contra Maduro, sinalizando que os Estados Unidos podem estar dispostos a ir além das operações marítimas.

O governo venezuelano ainda não apresentou uma resposta oficial ao anúncio de Trump, mas a escalada das declarações aumenta o risco de novos confrontos diplomáticos e militares na região.