Donald Trump exige investigação sobre massacre de cristãos na Nigéria
- Luana Valente

- 3 de nov.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a provocar tensão diplomática ao acusar o governo da Nigéria de permitir massacres contra cristãos e exigir uma investigação imediata do Congresso americano sobre os supostos crimes cometidos por grupos islamitas radicais no país africano. A declaração foi feita na última, sexta-feira, 31, por meio da rede Truth Social.
Segundo Trump, “o cristianismo enfrenta uma ameaça existencial na Nigéria”, e os responsáveis seriam milícias extremistas como o Boko Haram e o Estado Islâmico da Província da África Ocidental. Ele classificou a Nigéria como um “país de especial preocupação” e afirmou que “milhares de cristãos estão sendo mortos”.
Em resposta, o governo nigeriano negou as acusações e solicitou uma reunião diplomática com Washington. Autoridades locais afirmaram que não há perseguição religiosa sistemática contra cristãos e que o país enfrenta violência de múltiplas origens, afetando tanto cristãos quanto muçulmanos.
A organização internacional Portas Abertas, que monitora perseguições religiosas, corrobora parte das alegações de Trump. Segundo seus dados, a Nigéria é atualmente o país onde mais cristãos são mortos por causa da fé. Os ataques são atribuídos a grupos jihadistas e milícias armadas da etnia fulani, que invadem vilarejos, destroem igrejas e promovem deslocamentos forçados.
Trump também ameaçou cortar toda ajuda humanitária à Nigéria e cogitou uma intervenção militar: “Se o governo nigeriano continuar permitindo o assassinato de cristãos, os EUA suspenderão imediatamente toda a assistência e poderão invadir esse país agora desonrado, com armas em punho, para aniquilar completamente os terroristas islâmicos”, declarou.
A escalada retórica reacende o debate sobre a liberdade religiosa e os limites da política externa americana. Enquanto organizações humanitárias pedem cautela e investigação independente, líderes africanos alertam para os riscos de uma intervenção unilateral.
A situação permanece tensa, com o Congresso dos EUA pressionado a avaliar os relatos de violência religiosa e a resposta diplomática da Nigéria. A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos, diante da possibilidade de uma nova crise geopolítica no continente africano.






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