Déficit das estatais alcança recorde histórico de R$ 7,4 bilhões até setembro, informa Banco Central
- Luana Valente
- 11 de nov. de 2024
- 1 min de leitura

No acumulado do ano até setembro de 2024, as empresas estatais brasileiras registraram um déficit primário de R$ 7,4 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (11). Este valor representa o pior resultado para o período desde o início da série histórica da autoridade monetária, em 2002.
O déficit considera as contas de estatais federais, estaduais e municipais, excluindo os grupos Petrobras e Eletrobras, bem como os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. No mesmo período, as estatais federais apresentaram um déficit de R$ 4,18 bilhões, enquanto as estatais estaduais registraram um déficit de R$ 3,26 bilhões.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviço Público destacou que uma parte significativa do déficit das estatais federais está relacionada a investimentos. A pasta ressaltou que o resultado primário leva em consideração apenas receitas e despesas primárias do ano corrente, sem contabilizar recursos em caixa de anos anteriores ou eventuais receitas de financiamentos.
Além disso, o Banco Central informou que a dívida bruta do Brasil ficou em 78,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em setembro, uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior, interrompendo uma trajetória de alta iniciada em junho de 2023.
Este cenário econômico é observado de perto por investidores, que utilizam a relação dívida/PIB para avaliar a sustentabilidade das contas públicas. A dívida líquida, que desconta os ativos do governo, atingiu 62,4% do PIB em setembro, um aumento de 0,4 ponto percentual em relação a agosto.
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