
Na segunda-feira (16), o senador Eduardo Girão, candidato à Prefeitura de Fortaleza pelo partido Novo, foi retirado de um debate eleitoral promovido pela TV Otimista, afiliada da Rede Bandeirantes, por ordem judicial. A decisão foi tomada pelo desembargador eleitoral Rogério Feitosa Carvalho Mota, do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), e cumprida durante o intervalo entre o primeiro e o segundo bloco do debate.
A controvérsia surgiu devido à falta de representação mínima do partido Novo no Congresso Nacional, o que, segundo a legislação eleitoral, desobriga as emissoras de rádio e TV a convidarem candidatos de partidos sem essa representatividade para debates eleitorais. O partido Novo não possui o número mínimo de cinco parlamentares exigido pela Lei 9504/97.
Eduardo Girão chegou a participar do primeiro bloco do debate, onde se manifestou sobre suas propostas e criticou a decisão judicial que o retirou do evento. "Quem é que tem medo do que a gente vai falar? Que amarras são essas que o PT, junto com o Solidariedade e o PSOL, estão desde o início impondo pra que não me queiram nesse debate?", questionou Girão, classificando a decisão como "censura" e "desrespeito".
A decisão judicial foi resultado de uma ação movida por adversários políticos de Girão, incluindo o candidato George Lima (Solidariedade), que argumentaram que a participação de Girão violava as regras previamente acordadas para o debate. Outros candidatos presentes no debate incluíam Evandro Leitão (PT), José Sarto (PDT), Capitão Wagner (União), George Lima (Solidariedade), André Fernandes (PL) e Técio Nunes (PSOL).
O episódio gerou repercussão nas redes sociais e levantou debates sobre a equidade e a transparência nos processos eleitorais. Girão prometeu recorrer da decisão e continuar sua campanha, afirmando que "a luta por uma Fortaleza melhor não será interrompida por manobras judiciais".
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