
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um inquérito para investigar denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A decisão foi tomada pelo ministro André Mendonça, que atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que a Polícia Federal conduza as investigações.
As acusações contra Almeida surgiram no início de setembro, quando várias mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relataram episódios de importunação sexual. Em resposta às denúncias, Almeida foi demitido do cargo no dia 6 de setembro.
O inquérito tramitará sob sigilo no STF para proteger as vítimas e evitar a exposição pública desnecessária. A decisão de manter o caso na Corte Suprema, mesmo após a perda do foro privilegiado de Almeida, visa garantir a integridade das investigações e evitar possíveis nulidades processuais.
Silvio Almeida nega as acusações e afirma que pretende provar sua inocência durante o processo. Em comunicado, ele declarou repudiar "com veemência as mentiras" e alegou que as denúncias são infundadas e têm o objetivo de prejudicar sua reputação.
A abertura do inquérito pelo STF marca um passo importante na apuração das denúncias de assédio sexual, destacando a seriedade com que a Justiça brasileira trata casos de violência contra a mulher.
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