
Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, negou ter conhecimento sobre um plano que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Cid foi intimado a depor após a PF recuperar dados apagados de seus dispositivos eletrônicos, que segundo a investigação, sugeriam a existência de um plano para sequestrar e assassinar autoridades em 2022. Durante o interrogatório, que durou cerca de três horas, Cid afirmou desconhecer qualquer envolvimento com tais ações.
O depoimento de Mauro Cid ocorre no contexto da Operação Contragolpe, que resultou na prisão preventiva de quatro militares do Exército e um policial federal, suspeitos de integrar um grupo criminoso responsável pelo planejamento de sequestros e assassinatos de autoridades. A defesa de Cid, representada pela advogada Vania Bitencourt, reiterou que ele não tinha conhecimento do plano e que não participou de nenhuma ação relacionada.
Cid havia firmado um acordo de delação premiada em setembro de 2023, após ser preso na Operação Venire, que investigava fraudes relacionadas à vacinação contra a Covid-19. No entanto, as autoridades suspeitam que ele possa ter omitido informações relevantes, o que pode impactar a homologação do acordo.
A investigação continua, e a PF busca esclarecer todos os detalhes sobre o suposto plano e o possível envolvimento de outros participantes.
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