
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressou sua preocupação com a situação política na Venezuela, especialmente em relação às recentes prisões de opositores do governo de Nicolás Maduro. Em nota oficial divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil condenou os episódios de prisões, ameaças e perseguições a líderes da oposição venezuelana.
A manifestação do governo brasileiro ocorre em um contexto de crescente tensão na Venezuela, onde a oposição denunciou a prisão de María Corina Machado, uma das principais líderes opositoras, durante uma manifestação em Caracas. Além dela, outros políticos e ativistas foram detidos, incluindo um ex-candidato presidencial.
Apesar das críticas, o governo brasileiro também reconheceu os "gestos de distensão" promovidos por Maduro, como a liberação de cerca de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas. A nota do Itamaraty destacou a importância de garantir os direitos fundamentais de ir e vir e de manifestação pacífica para a plena vigência de um regime democrático.
"O governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos", afirma o texto. "O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de se manifestar pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física", acrescenta.
A fronteira terrestre entre Brasil e Venezuela permanece fechada por decisão de Caracas, o que tem gerado preocupações adicionais. O Itamaraty recomendou que, em caso de emergência, cidadãos brasileiros acionem os plantões consulares da Embaixada do Brasil em Caracas.
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