EUA denunciam “natureza vil” do regime Maduro após morte de ex-governador preso
- Luana Valente

- há 7 dias
- 1 min de leitura
Alfredo Díaz morreu sob custódia no Helicoide, centro apontado por organizações internacionais como local de tortura

O governo dos Estados Unidos condenou neste domingo (7) a morte do ex-governador venezuelano Alfredo Díaz, opositor de Nicolás Maduro, que estava detido há mais de um ano no centro de segurança El Helicoide, em Caracas. A tragédia foi descrita por Washington como mais uma evidência da “natureza vil do regime criminoso” de Maduro, em referência às condições de encarceramento e às denúncias de tortura no local.
Díaz, que governou o estado de Nueva Esparta, havia sido preso sob acusações de terrorismo e mantido em isolamento. Organizações como o Foro Penal denunciaram que sua detenção foi arbitrária e que o Helicoide, sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN), é reconhecido internacionalmente como um centro de tortura. A morte do político soma-se a outros casos de opositores que perderam a vida sob custódia estatal, aumentando a pressão sobre Caracas.
O Ministério para o Serviço Penitenciário da Venezuela informou que Díaz sofreu um infarto, versão contestada por líderes opositores como María Corina Machado e Edmundo González Urrutia. Eles afirmam que o caso se insere em um padrão contínuo de repressão estatal, lembrando que ao menos sete presos políticos morreram em circunstâncias semelhantes desde 2024.
A reação dos Estados Unidos ocorre em meio a tensões crescentes na região. Washington mobilizou tropas no mar do Caribe sob o argumento de combater o narcotráfico, movimento que Caracas interpreta como uma ameaça de intervenção para provocar mudança de regime. A morte de Díaz, portanto, intensifica o embate diplomático e reforça as críticas internacionais às práticas do governo Maduro.






Comentários