EUA enviam navios de guerra para a costa da Venezuela em operação contra cartéis de drogas

'X': @USNavy

Três navios de guerra dos Estados Unidos foram enviados para águas próximas à costa da Venezuela como parte de uma operação militar voltada ao combate de cartéis de drogas latino-americanos, segundo informações divulgadas por agências internacionais Reuters.

As embarcações — os destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — são equipadas com o sistema de mísseis guiados Aegis e devem chegar à região na quarta-feira (20). A missão, liderada pelo governo do presidente Donald Trump, mobiliza cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais, além de aviões espiões P-8, um submarino de ataque e outras embarcações de apoio.

Segundo autoridades americanas, os cartéis de drogas foram recentemente classificados como organizações terroristas globais, incluindo o grupo mexicano Cartel de Sinaloa e o venezuelano Tren de Aragua. A operação será conduzida em águas e espaço aéreo internacionais, com possibilidade de ações ofensivas caso haja autorização da Casa Branca.

“Este regime não é o governo legítimo da Venezuela. É um cartel narcoterrorista, e Maduro é um fugitivo, indiciado pela Justiça americana por tráfico de drogas”, afirmou Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca.

Em reação à movimentação militar, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional.

A escalada de tensões reacende preocupações sobre uma possível intervenção militar na Venezuela. Especialistas em relações internacionais alertam para os riscos de desestabilização regional e aumento do fluxo migratório, especialmente para países vizinhos como o Brasil.

A ofensiva contra os cartéis de drogas é parte da estratégia de segurança nacional da administração Trump, que busca combater o narcotráfico. Em fevereiro, o governo americano aumentou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusado de liderar o chamado Cartel de los Soles.

A operação militar representa uma das maiores mobilizações navais dos EUA na América Latina.