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Ex-ministro Gilson Machado afirma à PF que buscava renovar passaporte do pai, não ajudar Mauro Cid

Reprodução Folha - UOL
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Recife (PE) — Preso preventivamente nesta sexta-feira (13), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto declarou à Polícia Federal que sua atuação junto ao Consulado de Portugal no Recife teve como único objetivo renovar o passaporte de seu pai, de 85 anos. A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de uma investigação que apura suposta tentativa de facilitar a fuga do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, do território nacional.


Machado negou qualquer envolvimento com Cid desde o fim de 2022 e afirmou que não esteve presente em nenhum consulado ou embaixada, no Brasil ou no exterior. Segundo ele, o contato com o consulado português foi feito por telefone, e o atendimento presencial foi realizado por seu pai, acompanhado de outro filho.


A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que há indícios de que Machado teria tentado obter um passaporte português para Mauro Cid, o que poderia configurar obstrução de Justiça. A operação incluiu ainda a apreensão de celulares e a quebra de sigilos telefônico e telemático do ex-ministro.


Em nota, Machado declarou: “Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do passaporte do meu pai”. Ele também solicitou que a PF verifique os registros de ligações e áudios enviados ao consulado como forma de comprovar sua versão dos fatos.


Após exame de corpo de delito, o ex-ministro foi encaminhado ao Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima (PE), onde permanece à disposição da Justiça. A defesa de Machado afirma que ainda não teve acesso ao processo e contesta os fundamentos da prisão.


A investigação segue em curso no STF, no contexto do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, da qual Mauro Cid é um dos réus e delator.

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