Ex-presidente Jair Bolsonaro afirma que inquérito é baseado em prática ilegal de "pesca probatória"
- Luana Valente
- 29 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou duramente o inquérito conduzido pela Polícia Federal que o indiciou por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro classificou o relatório da PF como uma "peça de ficção” e “pirotecnia”, e afirmou ainda, que a investigação é baseada em uma prática ilegal conhecida como "pesca probatória". As declarações foram feitas durante participação no programa Oeste sem Filtro, da Revista Oeste, na quinta-feira (28).
“Eles vão para cima do cara, pegam o telefone, veem os contatos dele, vai pra cima de outras pessoas e ficam formando sua historinha, é risível”, argumentou.
Bolsonaro argumentou que o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito, estaria conduzindo a investigação de maneira arbitrária, ajustando depoimentos e prendendo pessoas sem denúncia formal.
O inquérito, que possui mais de 800 páginas, detalha o suposto envolvimento de Bolsonaro e outros 36 investigados em um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2022. Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro teria liderado uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito.
“Falar em golpe de Estado com um general da reserva, quatro oficiais e um agente da PF é outra piada”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro nega todas as acusações e afirma que não houve qualquer discussão sobre golpe junto à sua base aliada. Em outro momento, ele também desafiou as autoridades e a imprensa a revelarem o conteúdo completo do inquérito, alegando que há "páginas horripilantes" que precisam ser de conhecimento público.
“Golpe usando a Constituição? O que está dentro da Constituição, você pode utilizar – disse o ex-presidente que sempre destacou seu apreço às ações tomadas dentro das “quatro linhas da Constituição”, frisou o ex-presidente.
“O que eles querem agora é arranjar uma cadeia pra mim”, conclui Bolsonaro ao ressaltar sobre a sua inelegibilidade por oito anos.
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