"Falar a verdade é essencial para construir a paz", critica Conib sobre declarações de Lula referentes ao conflito com Gaza
- Luana Valente
- 2 de jun.
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A Confederação Israelita do Brasil (Conib) voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após declarações em que ele condenou a atuação de Israel na Faixa de Gaza, classificando-a como "genocídio". Em nota oficial, a entidade afirmou que as falas do presidente são "antissemitas e irresponsáveis" e que ele estaria "distorcendo a realidade" para atacar o Estado de Israel.
Lula fez as declarações durante um evento do Partido Socialista Brasileiro (PSB), onde criticou a decisão do governo israelense de aprovar novos assentamentos na Cisjordânia. Segundo o presidente, "não estamos vendo uma guerra entre dois exércitos equiparados, mas sim um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza".
A Conib, presidida pelo médico Claudio Lottenberg, rebateu as declarações, afirmando que Israel age em legítima defesa contra o grupo Hamas, que teria iniciado os ataques em outubro de 2023. "Israel não pratica genocídio. Essa acusação ignora os fatos e contribui para alimentar o antissemitismo", diz a nota da entidade.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se manifestou, acusando a Conib de distorcer as falas do presidente. "Lula sempre separou o governo israelense de extrema direita da comunidade judaica. Falar a verdade é essencial para construir a paz", afirmou.
Desde o início da ofensiva militar israelense em Gaza, a Conib tem criticado as posições do governo brasileiro e promovido iniciativas para influenciar autoridades locais a adotarem posturas mais alinhadas com Tel Aviv. O embate entre Lula e a entidade reflete a crescente tensão diplomática entre Brasil e Israel, que já teve episódios anteriores de atritos devido às declarações do presidente sobre o conflito no Oriente Médio.
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