Família de criança desaparecida aponta falhas nas investigações no RJ

Neste sábado (4), a família de Edson Davi, um menino desaparecido há um ano, organizou um ato em Nova Iguaçu para homenagear sua memória e denunciar falhas nas investigações de desaparecimentos no estado do Rio de Janeiro. O evento destacou a falta de respostas das autoridades e a negligência nas investigações, especialmente na Baixada Fluminense, uma região com altos índices desse tipo de crime.

Marize, mãe de Edson Davi, expressou sua desconfiança em relação à hipótese de afogamento apresentada pelas autoridades. Visando ter um novo olhar pericial, ela contratou uma perícia independente.

“Contratei uma perícia séria que provou, com relatório, que meu filho nunca entrou no mar. Isso é um fato, temos como provar”, afirmou Marize, que também solicitou que a Polícia Federal assuma a investigação, acreditando que seu filho possa ter sido vítima de tráfico humano.

Durante o ato, Adriano Dias, fundador da organização ComCausa, enfatizou a importância de suporte técnico e psicológico às famílias de desaparecidos. "A dor de quem busca desaparecidos é uma dor que nunca passa", disse Dias, destacando a necessidade de políticas públicas mais eficazes para combater os desaparecimentos.

O vereador Leniel Borel (PP) presente no evento, reafirmou seu compromisso com a causa e informou que irá integrar a Comissão de Crianças e Adolescentes da Câmara do Rio. Ele destacou a urgência de medidas concretas e a atuação mais incisiva das autoridades para enfrentar o problema.

A presença de organizações sociais como a ComCausa no ato reafirma o papel essencial da sociedade civil na luta por justiça e na cobrança para que os casos de desaparecimentos não sejam negligenciados. "A sociedade civil precisa pressionar para que esses casos não sejam esquecidos. A luta não pode parar enquanto houver famílias em sofrimento", ressaltou Adriano Dias.