
Na cidade de Osasco, localizada na região metropolitana de São Paulo, a Federação PSOL/Rede enfrenta acusações de suposta fraude na cota de gênero. Ações movidas pelo PSB e outros partidos alegam que a federação utilizou "candidatas laranja" para cumprir a exigência legal de participação mínima de mulheres nas eleições para vereadores.
As denúncias apontam que três candidatas da Rede, Josiane Doces, Janicelma Figurino e Vanessa Aliança, teriam se filiado ao partido apenas para preencher a cota de gênero, sem a intenção real de concorrer. Essas candidatas, ligadas à Igreja Evangélica Restaurados, frequentada pelo vereador Emerson Márcio Vitalino, receberam R$ 3 mil cada uma do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, mas obtiveram pouquíssimos votos.
O PSB argumenta que a manobra visava aumentar as chances de reeleição de Emerson e Juliana Curvelo, os únicos vereadores da federação que buscavam a reeleição. A ação judicial pode resultar na inelegibilidade das candidatas envolvidas, no recálculo dos quocientes eleitorais e na cassação do mandato de Emerson, que atualmente está filiado ao PCdoB.
A situação em Osasco reflete um problema mais amplo na política brasileira, onde a fraude na cota de gênero tem sido uma preocupação constante. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu parâmetros para julgar esses casos, buscando garantir a efetiva participação feminina na política.
A Federação PSOL/Rede ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações, mas o caso promete desdobramentos significativos nos tribunais eleitorais.
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