Na sexta-feira, dia 9, a Justiça decidiu manter a prisão preventiva de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais durante o governo Bolsonaro, após uma audiência de custódia. Martins foi preso na quinta-feira, 8, no âmbito da “Operação Tempus Veritatis”, conduzida pela Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
A Polícia Federal aponta Martins como peça chave na entrega de um plano golpista ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que supostamente incluía a detenção de figuras do judiciário e a convocação de novas eleições. A audiência de custódia ocorreu às 14h, na Superintendência da PF em Curitiba.
A defesa de Martins criticou a prisão, considerando-a “ilegal”. Em nota, afirmaram: “Apesar de estar submetido a uma prisão ilegal, desprovida dos requisitos básicos para a imposição da prisão preventiva, e após uma audiência de custódia realizada em desconformidade com os prazos estabelecidos pela legislação, o Sr. Filipe Garcia Martins Pereira continua privado de sua liberdade”.
A detenção, ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, foi efetivada em Ponta Grossa, Paraná. A Procuradoria-Geral da República (PGR) justificou o pedido de prisão destacando que Martins entregou a Bolsonaro um documento que criticava supostas intromissões do judiciário no executivo.
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