Filipe Martins reforça defesa em processo por tentativa de golpe; novo advogado classifica denúncia como “inadmissível”
- Luana Valente
- 7 de jul.
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Atualizado: 7 de jul.

O ex-assessor especial da Presidência da República, Filipe G. Martins, ampliou sua equipe de defesa na ação penal que investiga sua suposta participação de uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A nova composição inclui o escritório do advogado Jeffrey Chiquini, que passa a atuar ao lado de Ricardo Fernandes, defensor de Martins desde o início do processo.
Vale frisar que Chiquini também atua em favor do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, um dos “kids pretos” que supostamente também teria feito parte do plano para manter Bolsonaro no poder.
Mudança estratégica na defesa
Segundo Fernandes, a entrada do escritório curitibano tem motivações logísticas e estratégicas, e "é também uma economia de tempo". A equipe de Chiquini já acompanha o caso há algum tempo e possui estrutura física em Brasília, o que facilita a presença nos atos processuais.
Declarações contundentes do novo defensor
Em comunicado público, Chiquini classificou como “inadmissível” a condução do processo contra Martins. “É inadmissível que um cidadão seja submetido a um processo penal sem que haja, sequer, indícios mínimos de materialidade e autoria. Até o momento, nenhuma prova concreta foi apresentada contra Filipe Martins. O que se tem é uma acusação frágil, baseada em suposições políticas e narrativas distorcidas”, se pronunciou o advogado por meio das redes sociais ao anunciar a defesa de Martins.
Acusações e contexto do processo
Martins é apontado pela Procuradoria-Geral da República como integrante do chamado “núcleo 2” da articulação golpista, acusado de participar da elaboração de uma suposta “minuta do golpe”, que teria sido apresentado por Jair Bolsonaro e aos comandantes das Forças Armadas como tentativa de invalidar o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Próximos passos
A fase de instrução processual está marcada para começar em 14 de julho, quando a defesa pretende apresentar provas da inocência de Martins. Desde que deixou a prisão, em agosto de 2024, ele cumpre medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com outros investigados.
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