
Em um desdobramento trágico, a ponte Juscelino Kubitscheck, localizada na divisa entre Maranhão e Tocantins, colapsou no último domingo (22) resultando em várias mortes. O incidente ocorreu apenas dois meses após fiscais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) terem aprovado obras de manutenção na estrutura.
Por meio de documentos obtidos revelam que, em 22 de outubro deste ano, constatou-se que três servidores do Dnit assinaram o "termo de recebimento definitivo", atestando a qualidade das obras realizadas pela Matera Engenharia. Os signatários incluíam Pedro Alves da Silva, presidente da comissão de fiscalização; Thais Moraes Lopes de Andrade, engenheira e analista superior; e Welington Gabriel Martins, chefe do serviço da unidade local de Gurupi/TO.
O Dnit, vinculado ao Ministério dos Transportes, afirmou que as obras aprovadas eram de manutenção e não incluíam reabilitação funcional ou estrutural da ponte. Tanto o governo quanto a empreiteira alegam que o contrato não previa intervenções de maior porte, que poderiam ter evitado o colapso.
A tragédia levantou questões sobre a adequação das inspeções e a necessidade de intervenções mais profundas. O Ministério dos Transportes informou que, embora tenha identificado a necessidade de reabilitação da ponte, não conseguiu avançar com a licitação a tempo devido à falta de empresas qualificadas.
A Polícia Federal está investigando o caso para determinar se houve negligência por parte do Dnit ao não priorizar uma intervenção mais abrangente que poderia ter evitado a tragédia e poupado vidas.
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