
O Governo do Estado de São Paulo, sob a administração de Tarcísio de Freitas, entrou com uma ação judicial contra o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), pelo uso indevido da marca "Poupatempo" em sua campanha eleitoral. A ação foi encaminhada à Vara da Fazenda Pública do Foro Central na sexta-feira, 5 de setembro.
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), responsável pela administração do programa Poupatempo, alega que a marca é de uso exclusivo do governo estadual. Segundo a Prodesp, a campanha de Boulos veiculou propagandas eleitorais nas redes sociais, televisão e internet, prometendo a criação de um "Poupatempo da Saúde" caso fosse eleito. A empresa argumenta que tal uso não autorizado pode causar confusão no público e prejudicar o interesse público.
Em resposta, a campanha de Boulos classificou a ação como um "ataque desesperado dos aliados de Ricardo Nunes", atual prefeito de São Paulo. A nota divulgada pela campanha afirma que a ação judicial é uma tentativa de desviar a atenção da "negligência do atual prefeito com o serviço de saúde na cidade, onde as pessoas passam meses aguardando a vez para fazer um exame e até 10 horas em fila de hospital para receber atendimento médico".
A Prodesp pede a suspensão imediata do uso da marca "Poupatempo" pela campanha de Boulos, sob pena de sanções legais. Além disso, a empresa solicita uma indenização simbólica de mil reais para fins de alçada.
A disputa judicial ocorre em meio à acirrada campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, onde questões relacionadas à saúde pública têm sido um dos principais pontos de debate entre os candidatos.
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