Governo exonera agente da Abin investigado por espionagem ilegal
- Luana Valente
- 21 de dez. de 2024
- 1 min de leitura

O governo federal exonerou Thiago Gomes Quinalia, agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (20), com a justificativa de "abandono de cargo".
Quinalia é investigado por supostamente integrar uma organização criminosa intitulada de “Abin Paralela”, formada por servidores e funcionários da Abin, que monitorava ilegalmente pessoas e autoridades públicas, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) revelaram que o grupo utilizava softwares espiões para invadir celulares e computadores, coletando informações sem autorização.
O esquema teria funcionado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e é alvo de investigações desde 2023. A PF apontou o funcionamento de quatro núcleos operacionais dentro da organização: alta gestão, subordinados, evento portaria 157 e tratamento de logs.
Quinalia supostamente fazia parte do núcleo "evento portaria 157", responsável por ações que vinculavam, sem fundamento, parlamentares e ministros do STF à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações continuam, e os envolvidos podem responder por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático.
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