Helder Barbalho critica tarifas de Trump e defende soberania do Brasil, mas enfrenta impasse com hotelaria para COP30
- Luana Valente
- 15 de jul.
- 2 min de leitura

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), voltou a se posicionar com firmeza em defesa da soberania brasileira ao criticar as tarifas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos nacionais. Em discurso recente, Barbalho afirmou que o Brasil “se escreve com S de soberano” e que não aceitará ser tratado como inferior por nenhuma nação. A fala ocorreu em meio a tensões comerciais reacendidas por medidas protecionistas norte-americanas.
No entanto, enquanto reforça o papel do Brasil no cenário internacional, Barbalho enfrenta críticas internas pela falta de solução efetiva para os preços abusivos praticados por redes hoteleiras em Belém, cidade que sediará a COP30 — a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — em novembro de 2025.
Apesar de reconhecer publicamente que há “sem dúvida” valores excessivos sendo cobrados por hospedagens A, o governador tem afirmado que não pode interferir diretamente nos preços, por se tratar de um mercado privado. A estratégia adotada pelo governo estadual tem sido ampliar a oferta de leitos, com iniciativas como a reforma de escolas públicas, construção de novos hotéis e a chegada de navios de cruzeiro que funcionarão como hotéis flutuantes.
Ainda assim, delegações internacionais e representantes da sociedade civil têm demonstrado preocupação com a acessibilidade e a equidade na participação do evento. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou mais de 20 estabelecimentos em Belém para apurar possíveis práticas abusivas.
Barbalho, que tem se mostrado ativo na defesa da Amazônia e da transição energética, agora se vê pressionado a garantir que a COP30 não seja marcada por exclusão social e desequilíbrio econômico. A expectativa é que, com o aumento da oferta de hospedagem, os preços se acomodem até o início da conferência.
Enquanto o governador reforça o protagonismo do Brasil no debate climático global, o desafio doméstico de tornar Belém uma cidade acolhedora e acessível para milhares de visitantes permanece em aberto.
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