Humorista que apoia Lula ironiza a prisão de Braga Netto ao vivo na Globo
- Luana Valente
- 15 de dez. de 2024
- 2 min de leitura

Durante a cerimônia do quadro Melhores do Ano, apresentado neste domingo, 15, no programa Domingão, o humorista Paulo Vieira ironizou a prisão do general da reserva Walter Braga Netto.
Em meio à entrega de prêmios que homenageia artistas da televisão brasileira, especialmete da Rede Globo, Vieira mencionou que Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas a ser preso desde o regime militar (1964-1985).
“O Melhores do Ano, o programa com mais estrelas da TV Brasileira”, disse o humorista, que declarou apoio a Lula nas eleições de 2022. “Não que isso queira dizer alguma coisa, né? O general tinha quatro estrelas e foi preso do mesmo jeito.”
O apresentador, Luciano Huck, e parte da plateia no estúdio, formada por convidados e funcionários do alto escalão da emissora, gargalharam.
A prisão de Braga Netto
Braga Netto, 64 anos, foi detido pela Polícia Federal em Copacabana, no Rio de Janeiro, no sábado 14. Ele é acusado de participar de uma suposta conspiração golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Além disso, há alegações não comprovadas de que o militar tentou acessar informações sigilosas indevidamente.
O cargo de general quatro estrelas é o mais alto na estrutura militar do Brasil, representando um nível elevado de responsabilidade e comando. Generais nessa posição são responsáveis por decisões estratégicas e pelo comando de operações militares significativas em todo o país.
A investigação
Segundo o relatório da Polícia Federal, Braga Netto tentou obter informações sobre o acordo de colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. De acordo com a PF, essa tentativa ocorreu por meio dos pais de Cid.
O relatório final da investigação, que indiciou Bolsonaro, Braga Netto e outras 35 pessoas, afirma o seguinte: “Outros elementos de prova demonstram que Braga Netto buscou, por meio dos genitores de Mauro Cid, informações sobre o acordo de colaboração”.
Em mensagens trocadas, o general Mario Fernandes, também indiciado no caso, relata que os pais de Mauro Cid teriam entrado em contato com Braga Netto e com o ex-ministro Augusto Heleno para negar o conteúdo da delação.
“Sobre a suposta delação premiada do Cid: a mãe e o pai dele ligaram para o Braga Netto e para o Augusto Heleno, informando que é tudo mentira!”, escreveu Fernandes ao coronel reformado Jorge Luiz Kormann, em 12 de setembro. A mensagem foi enviada três dias depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologar a delação de Mauro Cid.
Via Revista Oeste
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