Belém, a capital do Pará, foi recentemente destacada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como a capital mais favelizada do Brasil. De acordo com os dados do Censo Demográfico 57,17% da população de Belém vive em áreas consideradas favelas ou comunidades urbanas precarizadas.
A cidade, que será sede da COP30 em 2025, enfrenta desafios significativos em termos de infraestrutura e condições de vida. Com uma população de 1.303.403 habitantes, aproximadamente 745.140 pessoas residem em 214 áreas urbanas precarizadas. Entre as maiores favelas da cidade estão a Baixada da Estrada Nova, no bairro Jurunas, e a Vila da Barca, no bairro Telégrafo, onde muitas casas são construídas sobre palafitas devido à proximidade com áreas alagadiças.
Os problemas de saneamento básico são uma das principais preocupações. Cerca de 16% da população de Belém não tem acesso adequado à rede de esgoto, e muitos moradores enfrentam dificuldades com a coleta de lixo e o abastecimento de água. A expansão desordenada e as ocupações irregulares agravam a situação, tornando a regularização fundiária um desafio constante para as autoridades locais.
A situação de Belém reflete um problema mais amplo enfrentado por muitas cidades brasileiras, onde a desigualdade social e a falta de planejamento urbano adequado resultam em condições de vida precárias para uma grande parte da população. A expectativa é que eventos internacionais como a COP30 possam trazer atenção e recursos para ajudar a mitigar esses problemas e promover um desenvolvimento urbano mais sustentável e inclusivo.
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