
A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), surpreendeu ao acelerar para 0,38% em julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). Este é o maior índice registrado para o mês desde 2021, superando as expectativas do mercado, que previa um aumento de 0,35%.
O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento nos preços da gasolina, passagens aéreas e energia elétrica. A gasolina, por exemplo, teve um aumento de 3,15% em julho, após a Petrobras anunciar um reajuste nos preços para as distribuidoras. As passagens aéreas também registraram uma alta significativa de 19,39%, refletindo a demanda crescente e os custos operacionais.
Além disso, seis das nove classes de despesas do IPCA apresentaram aceleração, com destaque para habitação, artigos de residência e transportes. Por outro lado, os preços de alimentação e bebidas registraram uma queda de 1%, a maior para o grupo em quase sete anos, devido à redução nos preços de itens como tomate, cenoura e cebola.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu 4,5%, exatamente no teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Este cenário inflacionário coloca pressão adicional sobre o Banco Central, que já vinha adotando medidas de aperto monetário para conter a alta dos preços. A expectativa agora é de que novas ações sejam tomadas para tentar manter a inflação dentro da meta estabelecida e evitar impactos negativos na economia e no poder de compra da população.
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