A inflação acumula alta de 3,88% e de 4,76% nos últimos 12 meses; a carne pesou no bolso do brasileiro
A inflação no Brasil registrou uma alta de 0,56% em outubro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8). Este aumento é superior ao observado em setembro, quando a taxa foi de 0,44%.
Os principais responsáveis por essa elevação foram os preços da energia elétrica e dos alimentos. O grupo Habitação, que inclui a conta de luz, teve um aumento de 1,49%, impulsionado pela aplicação da bandeira vermelha patamar 2, que elevou o custo da energia elétrica em 4,74%. Isso adicionou R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, refletindo diretamente no bolso dos consumidores.
No setor de Alimentação e Bebidas, a alta foi de 1,06%, com destaque para o aumento dos preços das carnes, que subiram em média 5,81%. Cortes como acém (9,09%), costela (7,40%) e contrafilé (6,07%) foram os mais impactados, devido à menor oferta no mercado interno e ao aumento das exportações. Outros itens que contribuíram para a alta foram o tomate (9,82%) e o café moído (4,01%).
Com o resultado de outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula uma alta de 3,88% no ano e de 4,76% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação para 2024, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A inflação foi positiva em todas as regiões pesquisadas pelo IBGE, com Goiânia registrando a maior alta (0,80%) e Aracaju a menor (0,11%), onde a queda nos preços da gasolina e do transporte público ajudou a conter o índice.
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