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Jornal dos EUA questiona provas contra ex-assessor de Bolsonaro e levanta suspeita de invasão a sistema americano


Jorge William / Agência O Globo
Jorge William / Agência O Globo

WSJ aponta falhas em registros dos EUA usados contra Filipe Martins e sugere infiltração brasileira em sistema de fronteiras



O jornal norte-americano The Wall Street Journal (WSJ), um dos veículos mais influentes da imprensa internacional, publicou uma reportagem contundente sobre o caso do ex-assessor da Presidência da República, Filipe G. Martins, atualmente réu em ação penal no Brasil por suposta participação em plano de golpe de Estado. O artigo, assinado pela colunista Mary Anastasia O’Grady, levanta sérias dúvidas sobre a veracidade dos documentos utilizados pelas autoridades brasileiras para justificar a prisão preventiva de Martins.


Segundo o WSJ, registros oficiais do Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) — que teriam embasado a acusação de que Martins entrou nos EUA em 30 de dezembro de 2022 — são considerados falsos pelo próprio governo americano. Em nota oficial, o CBP afirmou que, após revisão minuciosa das evidências, não há registro da entrada de Martins no país na data mencionada.


A publicação vai além e sugere que o caso apresenta “todas as características de uma possível infiltração estrangeira dentro do CBP”, insinuando que autoridades brasileiras poderiam ter acessado indevidamente o sistema americano para produzir ou manipular registros migratórios.


O editorial do WSJ também critica diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter se baseado nesses documentos para justificar medidas judiciais contra o ex-assessor. O jornal defende que, diante das inconsistências reveladas, Filipe Martins deveria estar em liberdade.


O caso ganhou repercussão internacional e reacendeu o debate sobre a confiabilidade das provas utilizadas em processos judiciais no Brasil, especialmente em ações de natureza política. A defesa de Martins afirma que a revelação do governo americano “muda substancialmente a situação do cliente” e pode impactar outros réus envolvidos na mesma investigação.


A matéria do WSJ representa um raro posicionamento crítico da imprensa estrangeira sobre decisões judiciais brasileiras e levanta questões delicadas sobre cooperação internacional, soberania de sistemas de segurança e integridade processual.



 
 
 

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