Veterano dos EUA diz ser quase impossível retirar Maduro vivo da Venezuela
- Luana Valente

- há 8 horas
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Bryan Stern, que comandou a operação de evacuação de María Corina Machado, disse que levar o líder chavista à Justiça seria um desafio quase impossível

O veterano de guerra norte-americano Bryan Stern, fundador da organização Bull Rescue, declarou nesta sexta-feira (12) que considera extremamente difícil retirar o presidente venezuelano Nicolás Maduro vivo do país. Stern, que recentemente liderou a operação secreta que conseguiu evacuar a líder opositora María Corina Machado para fora da Venezuela, afirmou em entrevista coletiva que pensa diariamente na possibilidade de uma ação contra o chefe do regime chavista, mas avalia que levá-lo à Justiça seria uma tarefa quase impossível.
Segundo Stern, “matá-lo provavelmente seria bastante simples, mas tirá-lo com vida e levá-lo à Justiça, acho que seria muito difícil”. A declaração repercutiu internacionalmente por expor a complexidade de qualquer tentativa de captura de Maduro, que permanece no poder apesar das pressões internas e externas. O ex-militar destacou que sua organização não atua como grupo de mercenários ou assassinos, mas sim como uma rede dedicada ao resgate de americanos e aliados em zonas de conflito e desastre.
A operação que retirou María Corina Machado, uma das principais vozes da oposição venezuelana, durou entre 15 e 16 horas e foi realizada por mar, com a líder disfarçada para evitar a vigilância do regime. Machado desembarcou na Noruega em 10 de dezembro, após o sucesso da missão. Stern descreveu a ação como uma das mais arriscadas já conduzidas pela Bull Rescue, ressaltando que contou com apoio de doadores internacionais contrários ao governo de Maduro.
A fala do veterano norte-americano ocorre em um momento de tensão política na Venezuela, marcada por denúncias de perseguição a opositores e pela manutenção de Maduro no poder em meio a acusações de autoritarismo. Para Stern, a dificuldade em retirar o presidente vivo está diretamente ligada ao aparato de segurança que o cerca e à disposição do regime em resistir a qualquer tentativa de deposição.
Apesar da contundência de suas palavras, Stern reiterou que sua missão e a da Bull Rescue é salvar vidas, não eliminá-las. “Não somos mercenários ou assassinos”, enfatizou, buscando afastar qualquer interpretação de que sua declaração representaria um plano concreto de ação militar contra Maduro. Ainda assim, o comentário reforça a percepção de que a crise venezuelana permanece sem solução fácil e que qualquer tentativa de mudança enfrenta obstáculos de grande magnitude.






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