
A Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) entrou com uma reclamação disciplinar contra o juiz federal Marcelo Bretas, solicitando seu afastamento definitivo da magistratura e o bloqueio de suas redes sociais.
Bretas, conhecido por sua atuação na Operação Lava Jato, tem sido criticado por suas postagens nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), onde fez comentários que a Anacrim considera ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a magistrados, como Alexandre de Moraes.
A Anacrim argumenta que Bretas teria manifestado opiniões partidárias sobre processos judiciais ainda não julgados e engajado seus seguidores a atacarem instituições judiciais brasileiras.
Um dos casos mencionados na reclamação refere-se ao indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas em um processo que apura um suposto plano de golpe de Estado.
Além disso, a OAB do Rio de Janeiro também entrou com um pedido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que Bretas seja afastado de suas funções e suas redes sociais sejam suspensas.
A OAB-RJ questiona a atuação de Bretas como coach e sua autopromoção nas redes sociais, argumentando que ele está violando resoluções do CNJ e o Código de Ética da Magistratura.
Bretas, que está afastado desde fevereiro de 2023 por suspeitas de abuso de poder e envolvimento em atividades políticas, nega todas as acusações e alega que suas postagens são uma forma de exercer seu direito de liberdade de expressão.
O caso está sendo analisado pelo CNJ, que deve decidir sobre o pedido de afastamento e o bloqueio das redes sociais do juiz.
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