Suprema Corte venezuelana convocou candidatos para auditoria eleitoral nesta sexta-feira (02).
O ditador venezuelano Nicolás Maduro, por meio de suas redes sociais nesta quinta-feira (1º), afirmou ter prendido mais de 1.200 opositores em presídios de segurança máxima no país. De acordo com o chavista, “todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”. Segundo ONGs que atuam no país, ao menos 12 pessoas morreram até o momento.
Os manifestantes contestam a reeleição de Maduro nas eleições deste domingo (28), em disputa contra Edmundo González. Diante das centenas de protestos, a Suprema Corte da Venezuela convocou os 10 candidatos à presidência, incluindo Maduro e González, para uma auditoria eleitoral nesta sexta-feira (02). No entanto, os magistrados da Corte venezuelana foram indicados pelo próprio Maduro e estão alinhados com ele. “Admite-se, assume-se e inicia-se o processo eleitoral de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”, destacou Caryslia Rodríguez, presidente da Corte.
O Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais (OVCS), uma ONG independente sediada na Venezuela, registrou 187 protestos em 20 estados do país até às 18h desta segunda-feira (29). A ONG Foro Penal, também sediada na Venezuela, relatou a morte de uma pessoa no estado de Yaracuy. Em Zúlia, o jornal El País noticiou um óbito, enquanto o diário argentino La Nacion relatou uma vítima na cidade de Maracay, no estado de Aragua. Fontes independentes, citadas pelo jornal El Mundo, confirmaram mortes em Yaracuy, Zulia, Maracay e Caracas.
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