Maduro desafia Trump após recompensa milionária por sua captura
- Luana Valente
- há 13 horas
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O presidente venezuelano Nicolás Maduro lançou um desafio direto ao ex-presidente norte-americano Donald Trump, após o governo dos EUA anunciar uma recompensa de até US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão. A medida, revelada pela procuradora-geral Pam Bondi, representa o maior valor já oferecido por Washington para a captura de um líder estrangeiro — superando até mesmo o montante oferecido por Osama Bin Laden.
O governo Trump acusa Maduro de liderar uma rede internacional de narcotráfico, com vínculos com organizações como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, responsáveis por introduzir drogas — muitas vezes misturadas com fentanil — nos Estados Unidos. Segundo Bondi, a DEA apreendeu 30 toneladas de cocaína ligadas ao regime venezuelano, além de US$ 700 milhões em bens, incluindo jatos particulares e veículos de luxo.
Poucas horas após o anúncio, Maduro reagiu em tom desafiador. Em um discurso transmitido pela televisão estatal, o líder chavista afirmou: “Donald Trump, você não me intimida. Se quer me prender, venha pessoalmente. Aqui estou, firme com meu povo.” A declaração foi interpretada como uma tentativa de reforçar sua imagem de resistência frente à pressão internacional.
A medida provocou reações diversas. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou duramente a recompensa, afirmando que “colocar dinheiro para capturar líderes políticos não é solução para os problemas da Venezuela” D. Por outro lado, congressistas republicanos nos EUA, como Marco Rubio, reforçaram o apoio à ação, classificando Maduro como “narcoditador” e “ameaça à segurança nacional”.
Maduro foi reeleito em 2024 em uma eleição amplamente considerada fraudulenta, marcada por repressão à oposição e denúncias de manipulação do sistema eleitoral. Diversos países reconheceram o opositor Edmundo González como presidente legítimo, enquanto Maduro mantém o controle do Estado venezuelano.
A recompensa bilionária e a resposta provocadora do líder venezuelano revelam que, longe de uma resolução, o conflito segue em escalada — com repercussões que ultrapassam as fronteiras da América Latina.
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