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Manifestação indígena na COP30 termina em tumulto e confronto com seguranças da ONU em Belém

Anderson Coelho/Reuters
Anderson Coelho/Reuters

O segundo dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, foi marcado por um episódio de tensão e confronto entre manifestantes indígenas e forças de segurança da ONU. O tumulto ocorreu no início da noite desta terça-feira, 11, nas imediações da chamada Zona Azul, área de acesso restrito onde ocorrem as negociações diplomáticas do evento.


Segundo relatos de veículos de imprensa e testemunhas no local, o protesto fazia parte da Marcha Global Saúde e Clima, que reuniu cerca de 3 mil pessoas em um trajeto de 1,5 km pelas ruas da capital paraense. No entanto, um grupo de manifestantes, incluindo representantes de povos indígenas e ativistas ambientais, se separou da marcha principal e tentou forçar a entrada na área diplomática da conferência.


Os manifestantes conseguiram ultrapassar o sistema de Raio-X, mas foram contidos por um bloqueio de segurança antes de acessarem o pavilhão principal. Durante a tentativa de invasão, houve quebra-quebra nas portas de entrada e ao menos um segurança ficou ferido com um ferimento na cabeça, sendo atendido por paramédicos.


Os indígenas carregavam faixas e símbolos de protesto, incluindo uma bandeira com os dizeres “Palestina livre”, e reivindicavam o fim da exploração de petróleo na Margem Equatorial, especialmente na foz do Rio Amazonas. O ato também denunciava a exclusão de vozes indígenas nos espaços de decisão da conferência.


Após o início do tumulto, agentes do Departamento de Segurança da ONU (UNDSS) formaram um cordão de isolamento, impedindo o avanço dos manifestantes e bloqueando o acesso de jornalistas à área. Uma repórter que tentava registrar imagens do confronto relatou ter sido hostilizada por um dos seguranças.


A organização da COP30 ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. A assessoria de imprensa da conferência no Brasil afirmou que questões de segurança são de responsabilidade da UNFCCC, braço climático da ONU, que até o momento não respondeu aos pedidos de esclarecimento.



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