
O mercado financeiro revisou para cima suas expectativas para a inflação em 2025, conforme apontado no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (10), pelo Banco Central. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,65% para 5,68%, afastando-se ainda mais do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Este é o 19º ajuste consecutivo nas estimativas de inflação, refletindo um cenário econômico desafiador.
Além disso, o relatório manteve a previsão de elevação da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,25%. O mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente a taxa em 1 ponto percentual, alcançando 14,25% na próxima reunião, marcada para os dias 18 e 19 de março. Este patamar seria o mais alto desde 2015, durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff.
O Boletim Focus também trouxe estabilidade nas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, com expectativa de alta de 2,01%. Para 2026, a previsão de expansão econômica permanece em 1,70%.
Esses ajustes refletem as preocupações do mercado com a persistência da inflação, impulsionada por fatores como a alta nos preços de alimentos e a desvalorização cambial. O Banco Central, por sua vez, enfrenta o desafio de calibrar a política monetária para conter a inflação sem comprometer o crescimento econômico.
A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que acontecerá nos dias 18 e 19 de março será crucial para definir os rumos da economia brasileira, em um cenário de incertezas e pressões inflacionárias.
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