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Michelle Bolsonaro descarta preocupação com denúncia

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se pronunciou nesta sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025, sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e outras 33 pessoas. Durante o 1º Seminário Nacional do Partido Liberal (PL), realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, ela afirmou que não há motivos para temor, destacando sua confiança de que “a verdade prevalecerá sempre”.


A declaração foi feita a jornalistas presentes no evento, em meio a um cenário de forte movimentação política. A denúncia, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira anterior, 18 de fevereiro, acusa Bolsonaro e aliados de envolvimento em uma suposta trama golpista. Michelle, no entanto, manteve um tom sereno e otimista, minimizando o impacto das acusações. O evento do PL reuniu lideranças do partido, e ela aproveitou a ocasião para reforçar sua posição de apoio ao ex-presidente, sem entrar em detalhes sobre o conteúdo da denúncia. Sua fala reflete a estratégia de manter a base alinhada diante das pressões jurídicas que cercam Bolsonaro desde o fim de seu mandato.


Contexto da Denúncia e Reação de Michelle


A denúncia da PGR surge em um momento de intensos desdobramentos judiciais envolvendo Jair Bolsonaro, que deixou o cargo em 2022 após a derrota nas eleições. O documento, encaminhado ao STF, detalha supostas ações coordenadas por Bolsonaro e um grupo de apoiadores para questionar o resultado eleitoral e manter o poder.

Entre os citados, está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, cuja delação premiada foi tornada pública na quinta-feira, 20 de fevereiro, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Nessa delação, Cid menciona Michelle como uma figura influente, sugerindo que ela teria pressionado o ex-presidente em decisões críticas. No entanto, Michelle refutou essas acusações durante o seminário, atribuindo as declarações de Cid a um suposto “momento de perturbação mental” do militar. Ela declarou estar “zero apreensiva” com a possibilidade de prisão de Bolsonaro, sugerindo que as acusações fazem parte de uma perseguição política contra o ex-presidente. O contexto da denúncia remonta às tensões pós-eleitorais, mas Michelle optou por focar em uma narrativa de resistência e confiança, alinhada com o discurso histórico do bolsonarismo. O PL, por sua vez, utiliza o evento para reorganizar suas forças e projetar lideranças para o futuro.


Impactos e Perspectivas Após Declaração


A postura de Michelle Bolsonaro durante o seminário do PL revela uma estratégia clara de enfrentamento às pressões judiciais que cercam Jair Bolsonaro. Ao minimizar a denúncia e enfatizar a ausência de temor, ela busca transmitir segurança aos apoiadores do ex-presidente, que continuam sendo uma base significativa no cenário político brasileiro. A menção à “verdade” como fator determinante sugere uma aposta na narrativa de que as acusações seriam infundadas ou politicamente motivadas, um discurso que ressoa entre os militantes do PL. Além disso, sua presença no evento reforça seu papel como uma liderança ativa no partido, especialmente após assumir a coordenação da ala feminina do PL.


Analistas políticos apontam que a denúncia da PGR e as delações, como a de Mauro Cid, podem intensificar o cerco jurídico contra Bolsonaro, mas a reação de Michelle indica que o grupo não pretende recuar. A divulgação da delação por Moraes, por exemplo, trouxe à tona detalhes que alimentam o debate público, mas a ex-primeira-dama escolheu desqualificar essas informações. O impacto imediato é a manutenção da coesão entre os apoiadores, enquanto o STF e a PGR avançam nas investigações. O caso, portanto, promete manter o ex-presidente e sua família no centro das atenções políticas e jurídicas nos próximos meses.


Futuro Político em Meio a Controvérsias


A declaração de Michelle Bolsonaro no seminário do PL marca um capítulo importante na trajetória política da família Bolsonaro após o fim do mandato presidencial. Enquanto Jair enfrenta desafios jurídicos que podem limitar sua elegibilidade, Michelle emerge como uma figura de destaque no partido, equilibrando a defesa do marido com a projeção de sua própria influência. Sua confiança diante da denúncia da PGR reforça a narrativa de resistência que o bolsonarismo cultiva desde a campanha de 2018, apelando para a lealdade de sua base eleitoral.


O futuro, contudo, dependerá do desenrolar das investigações no STF e da capacidade do PL de transformar essas controvérsias em capital político. A ex-primeira-dama, ao descartar preocupações, sinaliza que o grupo está disposto a manter a luta no campo político, mesmo com o avanço das ações judiciais. O envolvimento de nomes como Mauro Cid e a supervisão de Alexandre de Moraes indicam que o caso terá desdobramentos prolongados, mas Michelle parece determinada a não deixar que isso abale sua postura pública. Assim, o seminário do PL em Brasília não foi apenas um palco para minimizar a denúncia, mas também uma oportunidade de reafirmar a resiliência do movimento liderado por Bolsonaro, com Michelle como peça-chave nesse tabuleiro.



Agora Notícias Brasil



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