Michelle Bolsonaro participa de ato em Belém e intensifica críticas a Lula: “Irresponsável”, “mentiroso” e “cachaceiro sem-vergonha”

Luana Valente

Neste sábado (3), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro marcou presença em uma manifestação realizada na escadinha da Estação das Docas, em Belém (PA), como parte da mobilização nacional intitulada “Reage, Brasil”, organizada por parlamentares bolsonaristas. O evento reuniu uma multidão de apoiadores vestidos de verde e amarelo, com cartazes contrários ao governo federal, na gestão de Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Durante seu discurso, Michelle adotou um tom contundente ao criticar o presidente Lula. Entre as declarações mais polêmicas, chamou o chefe do Executivo de “irresponsável”, “mentiroso” e “cachaceiro sem-vergonha”. Ela também acusou Lula de entregar riquezas nacionais a ditadores estrangeiros e afirmou que o país vive uma perseguição às liberdades individuais, incluindo a liberdade religiosa e de expressão.

Michelle direcionou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, mencionando a mudança de postura do PT em relação à sua nomeação. “Hoje eles veem como aliado quem antes rejeitavam”, disse.

Segundo sua assessoria, a escolha de participar do ato em Belém, e não na Avenida Paulista foi estratégica, pois Michelle já tinha compromissos com o PL Mulher em Marabá e desejava marcar presença na região Norte. “O Norte precisa ser ouvido. É aqui que está o povo trabalhador, honesto e patriota”, declarou.

Ao final do discurso, Michelle sinalizou a possibilidade de ampliar sua atuação política, afirmando: “Eles querem enterrar Bolsonaro, mas esqueceram que a semente já brotou no coração do povo”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro não participou do evento devido a medidas cautelares impostas pelo STF, que o impedem de sair de casa aos fins de semana. As manifestações ocorreram em diversas capitais e cidades do interior, com pautas como o impeachment de Moraes, críticas ao governo Lula e pedidos de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.