Michelle Bolsonaro rejeita aliança do PL com Ciro Gomes no Ceará
- Luana Valente

- 2 de dez.
- 2 min de leitura
Ex-primeira-dama critica aproximação com ex-ministro de Lula, relembra ataques contra Jair Bolsonaro e declara apoio ao senador Eduardo Girão.

Durante evento em Fortaleza que marcou o lançamento da pré-candidatura de Eduardo Girão ao governo do Ceará, Michelle Bolsonaro se posicionou contra a tentativa de setores do PL cearense de construir uma aliança com Ciro Gomes, hoje filiado ao PSDB. A articulação foi conduzida pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE), presidente estadual da sigla, que defende a aproximação como estratégia para enfrentar o PT no estado.
Michelle, no entanto, afirmou que a iniciativa contraria os valores do partido em nível nacional e lembrou declarações de Ciro Gomes contra Jair Bolsonaro. “Fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita isso não dá. A pessoa continua falando que a família é de ladrão, é de bandido. Compara o presidente Bolsonaro a ladrão de galinha. Então, não tem como, não existe mais essa”, disse.
Apoio a Eduardo Girão
No mesmo evento, Michelle reforçou apoio à candidatura de Girão, que se apresenta como alternativa ao bloco governista no Ceará. A presença da ex-primeira-dama foi interpretada como sinal de fortalecimento da pré-campanha do senador, além de evidenciar sua crescente influência dentro do PL e entre aliados da direita.
Michelle também foi tratada como possível presidenciável por alguns participantes, incluindo o ex-deputado Deltan Dallagnol, que citou seu nome ao lado de Romeu Zema como potenciais candidatos ao Planalto em 2026.
A fala de Michelle expôs um novo racha na direita cearense. André Fernandes rebateu as críticas e afirmou que a aproximação com Ciro teria aval do próprio Jair Bolsonaro, o que ampliou a tensão dentro do partido.
O episódio evidencia a disputa de rumos no PL: de um lado, a ala que busca alianças pragmáticas para enfrentar o PT no Ceará; de outro, o grupo ligado diretamente ao bolsonarismo, que rejeita qualquer aproximação com adversários históricos.
A crítica de Michelle Bolsonaro reforça sua papel como voz influente no campo da direita e sinaliza resistência a alianças consideradas incoerentes com a trajetória política de Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo, fortalece Eduardo Girão como candidato alinhado ao bolsonarismo no Ceará, em contraposição a Ciro Gomes, que já declarou orgulho por ter redigido a denúncia que levou à inelegibilidade de Bolsonaro em 2023.






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