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Ministra da Saúde reage a puxão de orelha

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Ação da ministra coincidiu com a cobrança de Lula em reunião por maior proatividade da ministra no contexto do combate à dengue



A ministra da Saúde, Nísia Trindade (foto), exonerou o chefe do Departamento de Gestão Hospitalar do Rio de Janeiro (DGH), Alexandre Telles, nesta segunda-feira, 18 de março.


O órgão é responsável pela gestão dos hospitais federais no estado. A superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Maria Aparecida Braga, assumirá o comando interinamente.


“A mudança ocorre diante da necessidade de transformação na gestão do DGH. Na última sexta-feira, foi criado um comitê gestor a fim de orientar e praticar atos de gestão relativos aos hospitais federais”, diz nota do ministério à imprensa.


A ação da ministra coincidiu com a cobrança de Lula em reunião interministerial, nesta segunda. O petista cobrou maior proatividade da ministra no contexto do combate à dengue.


Até Lula perdeu a paciência


Durante a reunião ministerial desta segunda-feira, 18, o presidente Lula cobrou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, pela falta de ações efetivas de combate à dengue no início de 2024.


Na reunião, Lula afirmou que faltou proatividade da ministra ao longo de 2023 e que o avanço da dengue no país é inaceitável. Nísia, conforme interlocutores do Palácio, demonstrou contrariedade ao puxão e orelha do presidente da República.


Desde meados do ano passado, Nísia é alvo de várias críticas de integrantes da Esplanada dos Ministérios e de parlamentares do Centrão.


Nísia na mira de Arthur Lira


O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-LA), é um dos principais emissários dessas insatisfações. Em fevereiro, ele e os demais líderes da Casa assinaram requerimentos exigindo que Nídia Trindade esclareça os critérios utilizados na liberação de recursos apadrinhados por parlamentares.


Os líderes pedem que Nísia explique “como são definidos os recursos destinados às ações de saúde na atenção primária e na atenção ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade”.


No documento, eles afirmam que, embora o sistema do ministério forneça relatórios sobre a execução orçamentária, na prática, as informações disponíveis não permitem uma análise abrangente e individualizada por estados e municípios, dificultando a compreensão da distribuição dos recursos federais para o sistema de saúde.


Teto para emendas cria novo embate entre Nísia e o Centrão


Como noticiamos, Nídia Trindades protagonizou um novo embate com o Centrão nesta semana. A ministra da Saúde editou uma portaria que limita em 800 mil reais a destinação de emendas parlamentares para programas de combate à dengue. No Congresso, a medida provocou irritação em parlamentares, principalmente os do Centrão.


A portaria estabelece as regras para que as propostas submetidas pelos estados e municípios recebam verba pública para ampliar suas ações de vigilância em saúde contra arboviroses, grupo de doenças que engloba a dengue. A medida autoriza, entre outros pontos, o “incremento temporário ao custeio para o fortalecimento das ações de vigilância das arboviroses, para o cumprimento de metas”.



O Antagonista






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