
O Ministério da Justiça e a Casa Civil estão no centro de uma série de investigações após denúncias de assédio moral envolvendo altos funcionários. As acusações foram formalizadas em um ofício enviado ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, pela corregedora-geral nacional de Políticas Penais, Marlene Inês da Rosa, e pela ouvidora nacional de Serviços Penais, Paula Cristina da Silva Godoy.
O documento, datado de 12 de setembro, destaca tentativas de silenciamento e desmantelamento da Corregedoria-Geral e da Ouvidoria Nacional da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais). As denúncias incluem perseguições, demissões injustificadas e ameaças de demissão, além de falta de isonomia no tratamento dos servidores.
Entre os investigados estão Mayesse Silva Parizi, diretora de Cidadania e Alternativas Penais da Senappen, e Mireilli Marinho, ex-diretora executiva da mesma secretaria, exonerada em abril deste ano. As acusações contra Mayesse começaram no ano passado, com pelo menos seis relatos anônimos, e um novo procedimento foi aberto neste ano após novas denúncias.
O Ministério da Justiça afirmou, em nota, que as denúncias estão sendo apuradas em um procedimento que corre sob sigilo. A pasta também garantiu que a proposta de reestruturação, que visava colocar a Corregedoria e a Ouvidoria sob uma única diretoria, não será mais implementada.
A situação tem gerado um clima de tensão e incerteza entre os servidores, que esperam por uma resolução justa e transparente das investigações. A manutenção e o fortalecimento da estrutura atual da Corregedoria são vistos como essenciais para garantir uma supervisão adequada e a proteção dos direitos dos trabalhadores.
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