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Nicolás Maduro toma posse na Venezuela mesmo com resultado eleitoral contestado

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Atualizado: 11 de jan.


Reprodução
Reprodução

Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira para seu terceiro mandato consecutivo como presidente da Venezuela, em meio a acusações de fraude eleitoral e repressão. A cerimônia ocorreu na sede da Assembleia Nacional, em Caracas, e foi presidida pelo chavista Jorge Rodríguez.


O processo eleitoral, realizado em 28 de julho de 2024, foi marcado por falta de transparência e perseguição a opositores. A principal líder da oposição, María Corina Machado, teve sua candidatura barrada pelas autoridades eleitorais no início de 2024, enquanto Edmundo González, outro candidato opositor, foi exilado na Espanha após reivindicar a vitória com base em uma contagem paralela das atas eleitorais.


O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por aliados de Maduro, proclamou o presidente como vencedor com pouco mais de 50% dos votos, enquanto a oposição afirma que González obteve uma vitória esmagadora. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, classificou o governo de Maduro como fraudulento e aplicou sanções ao país.


Durante a cerimônia de posse, Maduro prometeu cumprir "todas as obrigações da Constituição e das leis da República" e afirmou que seu novo mandato será um período de "paz, prosperidade, igualdade e nova democracia". No entanto, a realidade no país continua marcada por uma profunda crise econômica e social, com altos índices de pobreza e inflação.


Países que não reconhecem Nicolás Maduro como presidente


Diversos países ao redor do mundo se recusaram a reconhecer a legitimidade da reeleição de Nicolás Maduro. Entre eles estão:


- Estados Unidos: O governo norte-americano tem mantido uma postura firme contra o regime de Maduro, aplicando sanções e aumentando a recompensa por informações que levem à sua captura.


- Argentina: O governo argentino rejeitou os resultados eleitorais, classificando-os como fraudulentos.


- Chile: O presidente Gabriel Boric também se referiu ao governo de Maduro como uma ditadura.


- Costa Rica: O presidente Rodrigo Chaves declarou que as eleições foram fraudulentas.


- Uruguai: O presidente Luis Lacalle Pou afirmou que o processo eleitoral foi claramente viciado.


- Panamá: O governo panamenho exigiu transparência nos resultados eleitorais.


- Guatemala: Embora não tenha reconhecido Edmundo González como presidente, o presidente Bernardo Arévalo expressou seu repúdio aos resultados que deram a vitória a Maduro.


- Paraguai: O governo paraguaio também não reconhece a vitória de Maduro.


- Canadá: O governo canadense reconheceu Edmundo González como presidente eleito da Venezuela.


- União Europeia: A União Europeia rejeitou a vitória de Maduro e decidiu não enviar representantes à sua posse.


A divisão internacional sobre a legitimidade do governo de Maduro reflete a complexidade da crise política na Venezuela, que continua a impactar a vida de milhões de venezuelanos.




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