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Nova fase da Operação Sem Desconto confirma denúncias da CPMI, afirma Carlos Viana



Presidente da comissão diz que prisões reforçam existência de esquema estruturado no INSS e defende prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias


Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

A deflagração da nova fase da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União trouxe novos elementos às investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação, realizada nesta quinta-feira, 18 de dezembro, atingiu altos escalões da administração pública e resultou em prisões que, segundo o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), confirmam as denúncias já levantadas pelo colegiado.


De acordo com Viana, as medidas cautelares e prisões realizadas nesta etapa da operação revelam a profundidade do esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. O senador destacou que as descobertas “rompem blindagens” e demonstram a existência de uma estrutura criminosa organizada e de alcance nacional. Para ele, o trabalho da CPMI foi fundamental para abrir caminho às investigações e agora precisa ser ampliado para que todos os responsáveis sejam identificados.


O parlamentar reforçou que a comissão já havia apontado indícios de um esquema “maior e profundamente orquestrado”, e que a operação da Polícia Federal corrobora essas conclusões. “Diante da dimensão nacional e da profundidade desse esquema, afirmo que é absolutamente indispensável a prorrogação da CPMI por mais 60 dias. Somente assim será possível aprofundar as apurações, rastrear patrimônio oculto, identificar todos os responsáveis e garantir justiça plena às vítimas”, declarou Viana.


A CPMI do INSS foi instalada para investigar denúncias de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários, prática que teria lesado milhares de aposentados e pensionistas em todo o país. Formada por senadores e deputados, a comissão já realizou diversas oitivas e reuniu documentos que apontam para a participação de servidores públicos e intermediários em um esquema de desvio sistemático de recursos.


Com a nova fase da Operação Sem Desconto, o senador Carlos Viana acredita que o trabalho da CPMI ganha ainda mais relevância. Ele defende que a prorrogação do prazo permitirá não apenas consolidar as provas já obtidas, mas também avançar sobre novas frentes de investigação. “As prisões reforçam que não se trata de casos isolados, mas de uma rede estruturada de gatunagem contra o INSS e contra os beneficiários que dependem desses recursos para sobreviver”, afirmou.


A expectativa é que o pedido de prorrogação da CPMI seja analisado nos próximos dias pelo Congresso Nacional. Caso seja aprovado, o colegiado terá mais dois meses para aprofundar as apurações e encaminhar seu relatório final, que poderá servir de base para novas ações judiciais e administrativas contra os envolvidos.



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