“Operação no Rio foi um sucesso”, afirma ex-comandante da PM de SP sobre operação contra o Comando Vermelho
- Luana Valente

- 12 de nov.
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O coronel Cássio Araújo de Freitas, ex-comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, classificou como “um sucesso” a megaoperação realizada no final de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, que teve como alvo o Comando Vermelho, resultou na morte de ao menos 115 pessoas, segundo dados divulgados pela Polícia Civil fluminense.
Durante uma declaração pública, o coronel Cássio elogiou a condução da operação pelas forças de segurança do Rio de Janeiro, destacando a complexidade do enfrentamento ao crime organizado em áreas dominadas por facções. “Foi uma resposta firme e necessária diante da ousadia do crime. A operação demonstrou a capacidade de articulação entre as forças de segurança e a determinação do Estado em retomar o controle de territórios dominados pelo tráfico”, afirmou.
A ofensiva, batizada de Operação Contenção, foi considerada a mais letal da história do estado, superando ações anteriores em número de mortos. Segundo a Polícia Civil, entre os mortos estavam suspeitos de integrar o Comando Vermelho, muitos deles oriundos de outros estados como Bahia, Goiás e Amazonas. Um levantamento revelou que 33 dos mortos não tinham o nome do pai registrado em suas certidões de nascimento, e parte deles não possuía antecedentes criminais, embora a polícia alegue que análises de redes sociais indicavam envolvimento com o tráfico.
A operação também teve repercussão política. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou apoio ao governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e classificou a ação como uma “grande demonstração de que o Estado precisa proteger quem cumpre as leis”. Tarcísio também prestou solidariedade às famílias dos quatro policiais mortos durante a operação.
O coronel Cássio Araújo de Freitas comandou a PM paulista entre janeiro de 2023 e abril de 2025, e esteve na linha de frente de operação semelhante, no litoral de São Paulo. À época, ele também recebeu elogios do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, por sua postura firme no combate ao crime organizado.






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