Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz após ataques dos EUA
- Luana Valente
- há 3 dias
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Em uma escalada significativa das tensões no Oriente Médio, o Parlamento do Irã aprovou neste domingo uma proposta para o fechamento do Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo, por onde transita cerca de 20% do petróleo comercializado globalmente. A medida foi anunciada como resposta direta aos recentes ataques aéreos dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas.
Segundo a imprensa local, a decisão ainda precisa ser ratificada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor. O estreito, localizado entre o Irã e Omã, é considerado um ponto vital para o transporte de petróleo bruto, condensado e derivados, especialmente para países como Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
A ofensiva americana, ordenada pelo presidente Donald Trump, atingiu as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, provocando forte reação do governo iraniano. Em resposta, o Parlamento aprovou o bloqueio da passagem marítima como forma de retaliação, o que pode desencadear impactos severos no mercado global de energia.
Desde o início das hostilidades, o preço do petróleo já registra alta expressiva. O barril tipo Brent, referência internacional, subiu mais de 13% em uma semana, enquanto o WTI, referência nos EUA, teve aumento superior a 10% B. Analistas alertam que, caso o bloqueio se concretize, os preços podem ultrapassar a faixa de US$ 120 a US$ 130 por barril.
A Quinta Frota da Marinha dos EUA, baseada no Bahrein, intensificou a vigilância na região, e navios petroleiros foram orientados a redobrar a cautela. O vice-presidente americano, J.D. Vance, classificou a medida iraniana como “suicida”, argumentando que a economia do país também depende do estreito para suas exportações.
O cenário permanece volátil, e a comunidade internacional acompanha com apreensão os desdobramentos, temendo que o impasse evolua para um conflito de maiores proporções.
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