Polícia utiliza bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no Pará
- Luana Valente
- 20 de mar.
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Na última quarta-feira (19), a Polícia Militar do Pará utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar um protesto na comunidade Vila União Campina, localizada no arquipélago do Marajó. A manifestação, que reuniu quilombolas e caminhoneiros, foi motivada pelo aumento das tarifas de transporte hidroviário na região.
Os manifestantes bloquearam a rodovia PA-154, tornando-a intransitável. Apesar das tentativas de negociação por parte das autoridades, a situação escalou, resultando em confrontos. Relatos indicam que várias pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança de um ano que precisou ser hospitalizada devido à inalação de gás lacrimogêneo. Além disso, uma diretora de escola desmaiou após disparos atingirem o interior da instituição.
"Foram balas de borracha, gás e spray de pimenta. Manifestantes foram baleados, diretora da escola (que fica na comunidade) desmaiou, porque começaram a atirar para dentro da escola [...]. Uma criança de um ano foi para o hospital por causa do gás", relatou a quilombola Líbia Nunes, que participava do protesto. A informação é do G1
A empresa responsável pelo transporte, Henvil Transportes LTDA, afirmou que os reajustes nas tarifas foram baseados em estudos que consideraram o aumento dos custos operacionais. A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte (Artran) confirmou que os valores para passageiros da classe econômica permaneceram inalterados, mas os custos para outros setores foram ajustados.
A ação policial gerou críticas de moradores e participantes do protesto, que questionaram a intensidade das medidas adotadas.
Em nota, a Segup disse que "durante a ação a polícia seguiu protocolos de segurança estabelecidos e que três pessoas, entre os manifestantes, foram detidas e apresentadas na delegacia. Uma foi presa por desacato, incitação ao crime e desobediência. Já outra assinou um termo de ocorrência por desacato. E uma terceira pessoa não apresentou indícios de crime, sendo ouvida e liberada".
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