
O prefeito de Tutóia (MA), Raimundo Nonato Baquil (PDT), está sob escrutínio após gastar R$ 2,1 milhões na compra de 690 caixões funerários para a cidade, que possui apenas um cemitério e uma população de 53 mil habitantes. A aquisição elevou a média para um caixão para cada 77 moradores, gerando críticas e questionamentos sobre as prioridades na gestão pública.
A compra foi realizada através de uma licitação conduzida pela filha e pelo sobrinho do prefeito, que ocupam cargos na Secretaria de Assistência Social e na Secretaria de Saúde, respectivamente. Os recursos utilizados vieram do Fundo Nacional da Saúde, do Fundo Nacional da Assistência Social e da própria prefeitura.
A decisão de investir uma quantia tão alta em caixões, enquanto o único cemitério da cidade apresenta condições precárias, levantou preocupações sobre a gestão dos recursos públicos. O cemitério, conhecido como Cemitério da Igualdade, estava em estado de deterioração no final de 2023, com portões quebrados e lápides danificadas.
Os contratos firmados para a aquisição dos caixões incluíram também mortalhas, flores, serviços de conservação de cadáveres e traslado de corpos por até 60 mil quilômetros. A licitação foi dividida em quatro contratos, totalizando R$ 1,3 milhão, com os caixões sendo orçados em R$ 661,4 mil.
A população de Tutóia e observadores externos questionam a necessidade de tal investimento, especialmente em uma cidade com uma baixa taxa de mortalidade. A situação destaca a importância de uma gestão transparente e responsável dos recursos públicos, visando sempre o bem-estar da comunidade.
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