Prefeitura de Niterói custeia translado do corpo de Juliana Marins da Indonésia ao Brasil
- Luana Valente
- 28 de jun.
- 2 min de leitura

A Prefeitura de Niterói confirmou neste sábado (28) o repasse de R$ 55 mil à família da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, para cobrir os custos do translado de seu corpo da Indonésia ao Brasil A. A jovem morreu no último dia 21 de junho após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok. O corpo foi localizado no quarto dia de buscas, em 24 de junho.
O valor custeado pela prefeitura cobre integralmente as despesas com transporte internacional, documentação e serviços funerários. A decisão foi tomada após reunião entre familiares da vítima e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, na última quarta-feira (25). Segundo a irmã da jovem, Mariana Marins, a família aceitou a ajuda diante da complexidade e dos altos custos do processo de repatriação.
Além do apoio financeiro, a prefeitura anunciou que uma trilha e um mirante na Praia do Sossego, entre Piratininga e Camboinhas, receberão o nome de Juliana como forma de homenagem. “Juliana amava Niterói. Era apaixonada pelas praias da cidade”, declarou Mariana em vídeo publicado nas redes sociais.
O sepultamento será realizado em Niterói, mas ainda não há data definida para a chegada do corpo ao Brasil, pois o processo depende de trâmites burocráticos internacionais. O caso gerou comoção nacional e reacendeu o debate sobre a responsabilidade do Estado brasileiro em casos de repatriação de cidadãos mortos no exterior.
Mais detalhes sobre o incidente
Juliana Marins morreu após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, no dia 21 de junho. Ela participava de uma expedição com outros cinco turistas e um guia local quando escorregou em um trecho íngreme e rochoso da trilha, despencando cerca de 300 metros.
Imagens de drones operados por turistas mostraram que Juliana ainda apresentava sinais de vida horas após a queda, movendo os braços. No entanto, o resgate foi dificultado pelo terreno acidentado e pelas condições climáticas adversas. Ela só foi localizada novamente no dia 23, presa em uma encosta a cerca de 500 metros de profundidade, e seu corpo foi recuperado no dia 24.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal de Bali, a causa da morte foi uma hemorragia interna provocada por trauma torácico severo. O impacto comprometeu órgãos respiratórios e causou a morte em até 20 minutos após a queda. A hipótese de hipotermia foi descartada.
Especialistas apontaram falhas na condução da trilha, ausência de equipamentos obrigatórios e demora no resgate como fatores que agravaram a tragédia. O caso gerou comoção internacional e levantou questionamentos sobre a segurança em trilhas de alto risco no exterior.
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