Em meio à crescente preocupação com a alta dos preços dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que os brasileiros possam ajudar a controlar a inflação ao **não comprar produtos caros.
Em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, Lula afirmou que, se os consumidores deixarem de adquirir alimentos caros, os supermercados serão forçados a baixar os preços.
"Se você vai no mercado e desconfia que um produto está caro, não compre. Se todo mundo tivesse a consciência e não comprasse aquilo que acha caro, quem está vendendo vai ter que baixar o preço, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro", disse Lula.
Lula também sugeriu que os consumidores substituam itens mais caros por produtos similares, com preços mais acessíveis. Essa abordagem, segundo ele, pode ajudar a reduzir a pressão sobre os preços dos alimentos. A declaração do presidente gerou reações diversas.
Enquanto alguns parlamentares da oposição ironizaram a sugestão, afirmando que "não adianta cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia", aliados do governo defendem que a proposta é uma forma de envolver o povo na luta contra a inflação.
A inflação dos alimentos em 2024 foi de 7,69%, um valor significativamente acima da média. Lula atribuiu essa alta à alta do dólar, à política monetária do Banco Central e ao aumento das exportações.
O presidente também destacou que o Brasil abriu 303 novos mercados para produtos brasileiros, o que pode ajudar a melhorar a qualidade e reduzir os preços dos alimentos.
Em suma, Lula defende uma abordagem educacional e consciente para lidar com a alta dos alimentos, incentivando os brasileiros a serem mais críticos e responsáveis nas suas escolhas de consumo.
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