Preço do petróleo atinge maior nível em cinco meses impulsionado por tensões geopolíticas
- Luana Valente
- 23 de jun.
- 2 min de leitura

Os preços do petróleo atingiram nesta semana seu patamar mais alto em cinco meses, refletindo uma combinação de fatores geopolíticos e econômicos que reacenderam preocupações com a oferta global da commodity.
Na última segunda-feira (13), o barril do petróleo tipo Brent — referência internacional — foi cotado a US$ 81,01, após uma alta de 1,56%. Já o WTI, referência americana, avançou 2,94%, fechando a US$ 78,82 por barril. Esses valores representam os níveis mais elevados desde agosto de 2024, quando o Brent chegou a US$ 81,43.
A recente valorização está diretamente ligada ao endurecimento das sanções dos Estados Unidos contra empresas petrolíferas da Rússia, um dos principais fornecedores globais. Segundo analistas do Morgan Stanley, as medidas foram mais abrangentes do que o esperado e podem impactar negativamente a produção russa, o que levou a uma revisão nas projeções de preço para 2025.
Além disso, o aumento das tensões no Oriente Médio, especialmente após ataques aéreos atribuídos a Israel contra alvos iranianos na Síria, elevou o risco de um conflito regional mais amplo. O Irã, membro da Opep, prometeu retaliação, o que gerou receios de interrupções no fornecimento de petróleo.
Outro fator que contribuiu para a alta foi o ataque de drones ucranianos a uma refinaria russa na região do Tartaristão, intensificando a instabilidade no leste europeu.
Apesar da escalada nos preços, analistas alertam para a volatilidade do mercado. Um aumento inesperado nos estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos, divulgado pela Administração de Informação de Energia (EIA), ajudou a conter parte do rali, indicando que o mercado ainda reage de forma sensível a dados de oferta e demanda.
O cenário atual reforça a importância dos desdobramentos geopolíticos na formação dos preços do petróleo e mantém os investidores em alerta diante de possíveis novas oscilações.
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