“Quando a política vira alvo: atentado contra Charlie Kirk acende alerta sobre violência contra conservadores”
- Luana Valente

- 13 de set.
- 2 min de leitura

A morte do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado a tiros durante um evento na Utah Valley University em 10 de setembro, provocou comoção nos Estados Unidos e impulsionou o debate sobre a escalada da violência política contra líderes de direita em diferentes partes do mundo.
Kirk, fundador da organização Turning Point USA e aliado próximo do presidente Donald Trump, foi atingido por um disparo no pescoço enquanto respondia a perguntas de estudantes. O suspeito, Tyler Robinson, foi capturado após confessar o crime à família, que colaborou com as autoridades. O FBI classificou o caso como um ataque aos ideais americanos, e Trump anunciou a concessão póstuma da Medalha Presidencial da Liberdade ao ativista.
O atentado contra Kirk soma-se a uma série de episódios envolvendo figuras conservadoras nos últimos anos. A seguir, relembre cinco líderes de direita que também foram alvo de ataques:
1. Jair Bolsonaro (Brasil, 2018)
• Durante um comício em Juiz de Fora (MG), o então candidato à Presidência foi esfaqueado por Adélio Bispo, ex-filiado ao PSOL.
• Bolsonaro sobreviveu após múltiplas cirurgias e venceu as eleições daquele ano.
• O agressor foi considerado inimputável pela Justiça brasileira.
2. Donald Trump (Estados Unidos, 2024)
• Em julho de 2024, o presidente foi atingido de raspão na orelha por um disparo durante um comício na Pensilvânia.
• O atirador foi morto no local, e o episódio foi tratado como tentativa de assassinato com motivação política ainda sob investigação.
3. Shinzo Abe (Japão, 2022)
• O ex-primeiro-ministro japonês e líder conservador foi assassinado a tiros durante um discurso público em Nara.
• O crime chocou o Japão, país com baixos índices de violência armada, e teve repercussão internacional.
4. Miguel Uribe Turbay (Colômbia, 2025)
• Senador e pré-candidato presidencial conservador, Uribe foi baleado durante um evento em Bogotá.
• Apesar de lutar pela vida por semanas, não resistiu aos ferimentos. A motivação política é considerada provável.
5. Fernando Villavicencio (Equador, 2023)
• Jornalista investigativo e candidato de centro-direita, foi assassinado com três tiros na cabeça.
• Denunciava corrupção e narcotráfico ligados a elites políticas, frequentemente associadas à esquerda equatoriana.
Violência política em ascensão
Especialistas apontam que a polarização ideológica, amplificada pelas redes sociais, tem contribuído para a radicalização de discursos e ações. A direita, frequentemente retratada como “inimiga dos direitos” por opositores, tornou-se alvo preferencial de ataques em diversos contextos.
A morte de Charlie Kirk, segundo o governador de Utah, Spencer Cox, “não foi apenas contra um indivíduo, mas contra os ideais americanos”. A escalada da violência política exige atenção global, independentemente do espectro ideológico.
A democracia, alertam analistas, depende do respeito ao debate e à integridade física de seus representantes. O uso da força como instrumento político representa uma ameaça direta às instituições e à liberdade de expressão.






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