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Relator da CPI do INSS não assinou pedido de criação e gera polêmica no Congresso


Brenno Carvalho / Agência O Globo
Brenno Carvalho / Agência O Globo

Brasília — A escolha do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS provocou forte reação da oposição. O parlamentar, indicado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não assinou o requerimento que deu origem à comissão, fato que gerou críticas e desconfiança sobre sua atuação futura.


A CPMI foi criada para apurar denúncias de descontos indevidos realizados por entidades conveniadas ao INSS, que teriam retirado ilegalmente bilhões de reais de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. A operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal, revelou que mais de R$ 6 bilhões foram desviados por meio de cadastros forjados e cobranças não autorizadas.


O requerimento de criação da comissão foi apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MS), com o apoio de 223 deputados e 36 senadores:


Ricardo Ayres, em seu primeiro mandato, foi escolhido por Motta para relatar os trabalhos da CPMI. Apesar de afirmar que pretende conduzir uma investigação “técnica, imparcial e transparente”, sua ausência entre os signatários do pedido de instalação da comissão foi duramente criticada.


O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou:


“O mais grave é que ele nem assinou para que a CPMI fosse instalada. Se dependesse dele, a CPMI não existiria”.


A oposição também questiona a proximidade de Ayres com o governo federal, apontando que ele votou com a base governista em diversas ocasiões, o que levanta dúvidas sobre sua imparcialidade.


A presidência da CPMI ficará a cargo do senador Omar Aziz (PSD-AM), também criticado por não ter assinado o requerimento. A comissão deve ser instalada na próxima semana, com prazo inicial de 180 dias para concluir os trabalhos.


Enquanto isso, Ayres já sinalizou que pretende se reunir com Aziz para definir os rumos da investigação, com foco nas provas já colhidas pela Polícia Federal e na convocação de depoimentos.

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