Relator da CPMI do INSS celebra prisões e afirma: ‘Início do fim da impunidade’
- Luana Valente

- 14 de nov.
- 2 min de leitura

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), celebrou as prisões realizadas pela Polícia Federal nesta quinta-feira (13), classificando-as como “o início do fim do ciclo da impunidade”. Segundo o parlamentar, os brasileiros “não aguentam mais tanta safadeza” diante das fraudes bilionárias que atingiram aposentados e pensionistas.
Prisões durante a Operação Sem Desconto
A nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, levou à prisão de investigados ligados a um esquema de descontos ilegais em benefícios previdenciários. O esquema envolvia a cobrança de mensalidades associativas sem autorização dos aposentados e pensionistas, causando prejuízos estimados em bilhões de reais.
Entre os presos está André Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS, que havia faltado às convocações da CPMI alegando internação hospitalar. Durante a sessão, o relator Alfredo Gaspar comunicou ao filho de Fidelis, que prestava depoimento, a prisão do pai, afirmando que “a jornada de cadeia vai ser longa”.
Gaspar destacou que desde o início da CPMI apresentou mais de 25 requerimentos de prisão contra suspeitos de envolvimento no esquema. Para ele, as prisões representam um marco no combate à corrupção dentro do sistema previdenciário:
• “Hoje é um dia especial em que o brasileiro lesado, vítima desse roubo bilionário, sente que a Justiça começa a ser feita”, declarou Diário do Poder.
• O deputado reforçou que a CPMI busca responsabilizar os envolvidos e devolver credibilidade ao INSS.
• Em tom crítico, afirmou que a população “não aguenta mais tanta safadeza”, cobrando respostas rápidas das instituições.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS foi instaurada em agosto de 2025 para investigar irregularidades reveladas pela Operação Sem Desconto. Em setembro, o colegiado aprovou pedido de prisão preventiva de 21 investigados, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O trabalho da comissão tem se concentrado em identificar responsáveis por fraudes que atingiram milhões de beneficiários, além de propor medidas para reforçar a fiscalização e evitar novos desvios.
As prisões reforçam que o Congresso e a Polícia Federal estão atuando de forma coordenada contra esquemas de corrupção que afetam diretamente os mais vulneráveis. Para aposentados e pensionistas, vítimas do esquema, o anúncio representa um avanço simbólico contra a impunidade.
O discurso de Gaspar, marcado por indignação e cobrança de justiça, ecoa a insatisfação popular diante de sucessivos escândalos envolvendo recursos previdenciários. A CPMI segue com oitivas e deve apresentar relatório final com recomendações legislativas e encaminhamentos ao Ministério Público.






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