Senador dos EUA afirma que Maduro não permanecerá no poder até o fim de 2025
- Luana Valente
- há 2 dias
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Cartagena das Índias, Colômbia — Em uma declaração contundente durante o 10º Congresso Empresarial Colombiano, o senador norte-americano Bernie Moreno afirmou que o presidente venezuelano Nicolás Maduro não estará no comando da Venezuela até o final deste. O pronunciamento ocorreu em meio a crescentes tensões diplomáticas e acusações de narcoterrorismo contra o líder chavista.
Moreno, republicano do estado de Ohio e de origem colombiana, participou de um painel ao lado do ex-ministro da Defesa colombiano Juan Carlos Pinzón e do senador americano Rubén Gallego. Durante sua fala, o senador classificou Maduro como “narcoterrorista” e reforçou que os Estados Unidos não tolerarão sua permanência no poder.
“Não toleraremos um narcoterrorista que inflige danos aos Estados Unidos. Trataremos os terroristas como os EUA os trataram no passado. Não o vejo no cargo além do final deste ano”, declarou Moreno.
A declaração ocorre em um contexto de intensificação das ações dos EUA contra o regime venezuelano. Em janeiro de 2025, o governo norte-americano aumentou para US$ 50 milhões a recompensa pela captura de Maduro — o dobro do valor oferecido por Osama Bin Laden. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, acusou Maduro de utilizar organizações como o Cartel de Sinaloa e o Cartel dos Sóis para traficar drogas e fomentar violência nos Estados Unidos.
Além das sanções econômicas, os EUA têm mobilizado forças militares na região do Caribe e no Golfo do México, como parte de uma estratégia de pressão. Segundo Moreno, essas ações visam garantir que a Venezuela tenha um governo comprometido com o bem-estar da população.
A crise venezuelana se agravou após as eleições de julho de 2024, marcadas por denúncias de fraude. Embora Maduro tenha sido declarado vencedor com 51% dos votos, diversos governos internacionais e a oposição venezuelana contestaram o resultado. O embaixador dos EUA na Venezuela, Francisco Palmieri, chegou a estabelecer um ultimato para que Maduro deixasse o poder até 10 de janeiro, sob pena de sanções severas e isolamento internacional.
Enquanto isso, o governo Maduro reforça suas forças armadas com apoio de aliados como Rússia e China, denunciando uma suposta conspiração internacional liderada por Washington. A população venezuelana, por sua vez, segue enfrentando uma grave crise humanitária e econômica, em meio às incerteza políticas impostas pelo regime ditatorial.
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